Quando a chuva cai no sertão
E
bota um fim na secura
O
bezerro berra de emoção
O
sertanejo no seu canto, murmura
Em
voz baixa faz uma oração
E
agradece as nuvens de candura
O
sabiá que entona uma canção
A
revoada alegre das tanajuras
Quando a chuva cai no chão
E
evapora toda a tristeza
Volta
a ter cor o sertão
O
açude volta a ter correnteza
O
sertanejo junta as mãos
E
agradece a fartura na mesa
A
chuva que cai no sertão
Que faz sangrar a represa
Caranguejúnior