Postei no twitter a seguinte frase:
“ Twitter: A forma mais avançada de se falar com as paredes...”
Por uns instantes, essa frase gerou uma certa discussão, uma discussão boa, pois, algumas pessoas se identificaram com a tal frase.
A frase em questão me fez pensar em quão grande tornou-se “a parede” que nos cercam, parede esta, que nenhuma marreta de 5kg ousa derrubar, que não se pinta, que não se picha ou se grafita, parede sem quadros...
A parede tornou-se as redes sociais, falar com as paredes tornou-se normal.
Twitter, Facebook, Orkut, Flirck, Blog, Google+ e outros diabos... Realmente estamos presos entre Pa(redes) Sociais.
PA(REDE) SOCIAL
Com a minha parede converso
Grito versos, palavras, poemas
Muitos tijolos tampam os ouvidos
Outros tijolos dão RT
Na minha parede
Não cabem os quadros do Da Vinci
Tampouco relógios cucos
Tão nunca coração desenhado com batom
♪ “Cabe uma penteadeira” ♫
Não...
Às vezes cabe um pouco
De alegrias tristes
Em noites diurnas
Noutras, tristezas alegres
Em dias noturnos
Na minha parede cabem
140 caracteres
Bits e bytes
E muitos tijolos falantes
Que pouco ouvem
Tijolos que amam
Que odeiam
Tijolos que nem amam
Nem odeiam
Tijolos que ficam
Em cima da parede
E dão Unfollow
Nesta parede evoluída
#NadaTudoCabe
E assim a parede vai crescendo
Nessa Parede
Só me basta
Pendurar a @Rede
E deitar...
Caranguejúnior