terça-feira, 26 de outubro de 2010

E AGORA?

E agora que o tal do amor acabou?

Chegou como tsunami
Quebrando tudo pela frente
E terminou como garoa
No céu do sertão

E agora que o tal do amor acabou?

Veio como flecha sem destino
Pesou como ancora
Estressou como fila de banco
E acabou por telefone...

E agora?

Que não adiantam
Flores

Que não adiantam
Cores e suspiros...

E agora?

Que não adianta chorar o amor derramado...




Poema para minha amiga May, que terminou o namoro por telefone com Marcio, e eu assistindo tudo (a novela mexicana) pelo msn.


poema postado também no Overmundo
 



Caranguejúnior

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SONHO ( Micro conto pessimista)

- É... definitivamente, o sonho acabou...

- Nada velho! bora atravessar a rua, que tem outra padaria na esquina.







Caranguejúnior

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

TIMIDEZ

Quando fui falar de AMOR
Quando fui falar de AMAR


A
M
O
R
daçado fiquei


Na hora...
Definitivamente


A
M
A
R

elei...







Caranguejúnior

sábado, 16 de outubro de 2010

SUSPEITO II

    I I
..........
..........
..........
..........
Gostaria
De traficar
Muita informação
Gostaria de
Metralhar
Palavras na
População
E se eu não
For preso
Continuarei
Sendo
Suspeito por
Olhar bem de perto
Prestar bem atenção nas coisas
incertas
De nossa nação levo
Nos bolsos a minha
Droga que vicia e
Minha arma que fere
Mais que bala de canhão
POESIA.......
.....................
......................
.........................
...........................
.............................
.................................
...................................
.....................................
.........................................






 
Caranguejúnior

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SUSPEITO I

MR. COP :


"Mãos na cabeça malandragem!!
Que tem aí nos bolsos?! Esvazia!! vai! vai!!
tá armado!!?"


POETA:

"O que eu trago nos bolsos Sr.?

São poesias
De pedra
Para jogar
Na sua cabeça!

São poesias
9mm
Para acertar
Seu coração!

O que eu trago nos bolsos Sr.?

São poesia
Letais
Para envenenar
Sua alma!

São poesias
Alucinogénas
Para deixar
você doidão !"




E todo o poeta é suspeito, até que se prove o contrário...





Caranguejúnior

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

APENAS UM POETA



O poeta é um fingidor
É uma farsa
Uma farpa nas mãos de um rei
O poeta é uma verdade mentirosa
É uma mentira verdadeira

O poeta é uma fraude de Freud
É sem explicação
É um cisco no olho
É a porta sem ferrolho
O poeta é o caos do silêncio

O poeta é o grito de dor
É a semente da flor
É o raio que o parta
O poeta é a máscara caída
É o beco sem saída

O poeta é a tristeza da alegria
É a fuligem da cidade
É a vertigem da verdade
O poeta é o ladrão de sonhos
É a contramão da avenida

O Poeta é o tumulto da calmaria
É a paz da anarquia
É a dança sem música
O poeta é a música sem dança

O poeta é a bala perdida
É o fio da vida
É a ilusão de ética
O poeta é o erro de estética

O poeta é o que se quebra
É o que desperta
O poeta é apenas
Um poeta

 
 
Baseado no Poema "Autopsicografia" de Fernando Pessoa
 
 
 
 
 
 
Caranguejúnior