segunda-feira, 11 de novembro de 2013

POR INCREÇA QUE PARÍVEL

Nasceu meu primeiro livro!

Em breve lançamento nos melhores Saraus e botecos da cidade.

"Por Increça que Parível"
Poemas pra andar de lado







Caranguejunior

terça-feira, 5 de novembro de 2013

TEC NO LÓGICO

Se não existisse celulá
Se não houvesse telefone
Não daria pra te ouvir falá
Não daria pra conversar com tu
Não teria como ouvir de you
Um I love num Aifone

Mas ainda bem que tamo na era téc-no-lógica
Que já num me dá tanto receio...

Já virei o assunto preferido do teu Êmeio
Plano dos fundo do teu noti-buqui
E até virei papel das paredes 
Do teu andróidi

Ah! que alívio...
Gosto muito
De te vê pelo Escáipe
(De lá tu num me escapa)

Pelo feicebúqui, te cutucá
Com o dedo indicativo digi e tal

No orcúti eu não mexo mais
É como no meu #coração
Te tenho add faz tempo

Mas essa tec-no-analogia
Nos distância de mais da conta
Gosto não...

Não dá pra abraçá tu
Sou mais o face a face
O cara a cara
O zói nos zói

Te curti em meus braços
Em meus abraços

Deitá na rede social de sandália havaiana
Só nóis dois
Quando a tarde for
Dá um load no sol...






Pra Erica






Caranguejunior

terça-feira, 24 de setembro de 2013

VIRIDAEPLANTAE (pra Erica)


Não precisas pintar
De cores primárias
As unhas, os olhos
A maçã do rosto
(Que mordo)
E teus cílios ciliares

Não precisas vestir jardins
Florestas
Para que eu viva voando
Em ti, borboleteando

Não precisas pintar o sete no meu coração
Para que eu te veja flor

Na geografia de nós dois
Tudo vale... Montanhas, relevos
Planta.
Já és selvagem e silvestre
Minha raiz.




Caranguejunior

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

POESIA NA FAIXA


Poesia atravessa na faixa
Na faixa, poesia cai
Se rala, se rola e deita
Free, de graça
Com graça

Na faixa passam pedestres,
De leste a sul, de norte a oeste
Poesia passa leve, livre!

Dez Graças e Marias atravessam
Na faixa... Olhares e ouvidos
Passa-tempo na faixa, o tempo passa
De graça, sem pressa

Na faixa, sem Gaza
Gaze não, gás leTral
Poetas bombas explodem
Palavras atômicas free!

Eu, passo a passo, passo.
Livro Livro Livro-me
Do laço do passa-rinheiro

Na faixa a poesia atravessa
As avessas, certeira
Com eira, sem beira
Cai e levanta
Anda, anda e anda
Passa, passa e passa...

Só não passa
Despercebida.
 
 
 
Caranguejunior

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

POEMINHA COM SOTAQUE DE RECIFE III




Na Rua da Praia
Molhei os pés
              E bateu uma Rua da Saudade
No coração...







Caranguejunior

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

MICROCONTO - MINHA CASA, MINHA VIDA



Ela quer comprar um apartamento na planta
Mas ele prefere, uma casa na árvore...



Microconto premiado em 3° Lugar no Concurso de Microcontos promovido pelo escritor Marcelino Freire, via Twitter. #Saraunoar

sexta-feira, 5 de julho de 2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

POEMA AOS PRANTOS E BARRANCOS



A cidade já chora de mais
Ácida-de já chora de mais
Nem menos
Lacrimogênio
Lacrimo gênio 

No crânio
Alucinógeno buruçu
Um infortúnio
Um pandemônio 

Protestar é imoral
E a bomba é de efeito moral
Total
É pedra é pau

Man-infestação popular
Prá pular
E gritar
Palavras de ordem pró-progresso

Spray de pimenta
Para temperar seus olhos de vatapá
Pois tá...

Spray de pimenta
Pro seu olhar de acarajé
Pois é...

Do carurú ao Cariri
Do Oiapoque ao Itamaraty
Queimando, ardendo...

Amargas balas de borracha chá
Não é doce, nem é salgada dá
Não é Dadinho, nem Caramelo
Não é verde, nem amarelo
Não é Xaxa
Nem 7 Belo...

Não é Big Big, tampouco, Ploc!
É choque, é choque, é choque!

Protestar é imoral
E a bomba é de efeito total
Moral...
Plural!
Pros coletivos singulares 
Protest-antes e depois 

Milhões de lágrimas   
Lágri-mais e mais 
Gás...
Nem menos
Lacrimogênio
Lacrimo gênio

Raciocínio
Pro Neurônio
Sob domínio
Do escárnio político
Paleolítico

Protestar é imoral
A bomba é de efeito mortal
Letal!
Etecetera e tal...

E a cidade já chora de mais
Ácida-de já chora de mais
Nem menos
Lacrimogênio
Lacrimo Junho





Caranguejúnior


quinta-feira, 6 de junho de 2013

ACABOU MEU MUNDO

O mundo já vem acabando desde que o homem pisou aqui, desde que Adão comeu a maçã e Eva fofocou com a serpente, desde que os dinossauros perderam os dentes e australopitecos virou o homo sapiens-nada e viveu eras errando, o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando desde que o homem lascou a pedra, e girou a roda, e fez o fogo, e fundiu o ferro, fodeu! Com ferro feriu e com ferro vive ferrando, o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando, desde que Buda subiu iluminado, desde que o pecado mora ao lado, na frente e atrás, desde que soltaram Barrabás e Cristo foi crucificado, desde que a humanidade, pelo amor de Deus! Vive implorando, o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando desde que Judas perdeu as botas e Sansão perdeu as madeixas, desde que a medusa perdeu a cabeça e Ícaro caiu do céu com as asas queimando, Afrodite se quiser, o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando, desde a era dos faraós, desde que os vampiros andavam sós e os lobisomens saiam nas noites uivando, desde que existiam fadas, elfos, gnomos, desde que as amaldiçoadas bruxas saíam das cavernas voando, o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando desde a era neolítica, paleolítica, bíblica, política, critica, caótica... Desde que o homem inventou a pólvora, a bala, a arma, o carma. Desde que o homem inventou a bomba, o míssil... Foi o estopim, o homem vive de pavio curto, com o coração sangrando, e o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando desde que fizeram a flor atômica e plantaram em Nagasaki e Hiroshima, desde os conflitos em Israel e na Palestina, desde as guerras civis no continente africano, o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando desde a primeira guerra, desde a segunda guerra, desde a terceira erra, da quarta marcha, passou a quinta e bateu no muro de Berlim, desde 11 de setembro, desde a guerra no Iraque, desde os terrenamis e tsumotos pelo mundo, a humanidade, ainda assim, vem se levantando, mas o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando desde a era dos Maias, dos Incas, dos Astecas. Desde a idade média, desde as classes baixas, desde que há pobreza, plebe, prole, PIB, IPTU, IPVA. Desde que o mundo é imundo e mundano, o mundo já vem acabando...

O mundo já vem acabando faz tempo, e não percebemos, pois Nostra dammus sempre um jeitinho, de acabar com o dito sujo.

Mas para mim, nada disso nunca importou, o dia que meu mundo acabou
Foi quando você mandou um SMS dizendo que era o fim, dizendo que acabou tudo, foi um torpedo na minha alma, esse dia sim, é que acabou meu mundo...






Caranguejúnior

quinta-feira, 9 de maio de 2013

SONHO DE ÁGUA


Quando a chuva cai no sertão
E bota um fim na secura
O bezerro berra de emoção
O sertanejo no seu canto, murmura
Em voz baixa faz uma oração
E agradece as nuvens de candura
O sabiá que entona uma canção
A revoada alegre das tanajuras

Quando a chuva cai no chão
E evapora toda a tristeza
Volta a ter cor o sertão
O açude volta a ter correnteza
O sertanejo junta as mãos
E agradece a fartura na mesa
A chuva que cai no sertão

Que faz sangrar a represa






Caranguejúnior