Olhou para mim
Como se olhasse as antigas pirâmides do Egito
Falou o meu nome
Tal qual recitasse um poema do Guimarães Rosa ou Gregório de Matos
Perguntou-me coisas com autoridade
Como uma deusa grega prestes a castigar um pobre mortal
Contou-me umas histórias
Tal qual um ser da Ordem dos Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão
Bebeu e riu
Como uma plebéia em dia de festa nos Reinos de contos de fadas
Dançou
Tal qual Nefertiti dançando para Amen-hotep
Fez-me rir
Como um comediante do top do Carlitos, Chaves ou Tiririca
E eu... olhava para seus olhos
Tal qual contemplasse a paisagem da cidade perdida de Eldorado
Olhava para seus lábios
Como se olhasse a erupção furiosa do Kilimanjaro
Tentei beijá-la
Tal qual um Falcão voando em busca da presa
Afastou-se de mim
Como se visse o Michael Jackson após nova cirurgia na face
Negou-me um beijo
Tal qual negasse ser cúmplice do Muammar Kadafi ou Antonio Palocci
Por fim, levantou-se da cadeira, pegou sua bolsa e partiu...
Como se fosse viajante prestes a perder a partida de alguma caravana no Saara
E velozmente sumiu
Tal qual ambulantes fugindo do “rapa” da 25 de março
Deixando-me ali, largado...
Como se eu estivesse no hospital público a ser atendido pelo SUS
Sentado no balcão com uma caneca de chopp claro, um cigarro aceso
Fiquei
Com o pensamento em cantar a próxima mulher na balada
Tal qual um canalha... Eu.
Caranguejúnior
quinta-feira, 30 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
zUMBIsOMOS
Vivo numa grande bola
Luto!
Por um quilo de liberdade
Como um quilombola, batalho...
Encontro a Paz em
Luto...
Às vezes venço
Noutras, perco...
Lançando poesias molotov
Disparando poesias perdidas
Sigo marchando
Com o exército
Dos versos soltos
Gritamos por lugares
Marés e
Ares
Na batalha
Tal qual Palmares
Seremos nós
ZUMBI?
Caranguejúnior
Luto!
Por um quilo de liberdade
Como um quilombola, batalho...
Encontro a Paz em
Luto...
Às vezes venço
Noutras, perco...
Lançando poesias molotov
Disparando poesias perdidas
Sigo marchando
Com o exército
Dos versos soltos
Gritamos por lugares
Marés e
Ares
Na batalha
Tal qual Palmares
Seremos nós
ZUMBI?
Caranguejúnior
segunda-feira, 27 de junho de 2011
HÁ VAGAS
Vago pelas noites de insônia
Com o coração vago...
Vago aqui dentro
Vago por aí
De vagar
Em vagar
Sigo divagando
Devagar
Eu e esse meu coração
Vagabundo...
Caranguejúnior
Com o coração vago...
Vago aqui dentro
Vago por aí
De vagar
Em vagar
Sigo divagando
Devagar
Eu e esse meu coração
Vagabundo...
Caranguejúnior
OS HOMENS NÃO SÃO DE MARTE
"Os homens são de Marte"
Mentira
Depois que você me seduziu
Com seus beijos de outro planeta
E seus afagos galácticos
Me abduziu...
Hoje eu vivo no mundo da Lua.
Caranguejúnior
Mentira
Depois que você me seduziu
Com seus beijos de outro planeta
E seus afagos galácticos
Me abduziu...
Hoje eu vivo no mundo da Lua.
Caranguejúnior
terça-feira, 21 de junho de 2011
FUGITIVAS
As vezes acho que as Poesias têm vidas próprias
Espertinhas...
Sempre dão um jeito de cortar as grades dos pensamentos
Fugirem das pontas das canetas
E quando tento agarrá-las no ar, com as mãos
Elas somem, ficam invisíveis...
Só ouço suas risadinhas
De-bo-cha-das!
Caranguejúnior
Espertinhas...
Sempre dão um jeito de cortar as grades dos pensamentos
Fugirem das pontas das canetas
E quando tento agarrá-las no ar, com as mãos
Elas somem, ficam invisíveis...
Só ouço suas risadinhas
De-bo-cha-das!
Caranguejúnior
terça-feira, 14 de junho de 2011
CONTO ESCULTOR DE SUSPIRO (SÓ - LIDÃO)
Vivia tão SÓ, pois, tinha o velho pulsante cardíaco,
tão SÓlido...
Caranguejúnior
tão SÓlido...
Caranguejúnior
quinta-feira, 9 de junho de 2011
LIBERDADE CONDICIONAL
Muros
Grades
E cercas
Cadeados
Portões trancados
Arames farpados
Gozo de plena
Liberdade
Preso em casa
Enquanto lá fora
A violência passeia
Tranquila...
Monta sua barraca
E acampa
Bem debaixo
De nossos narizes....
Caranguejúnior
Grades
E cercas
Cadeados
Portões trancados
Arames farpados
Gozo de plena
Liberdade
Preso em casa
Enquanto lá fora
A violência passeia
Tranquila...
Monta sua barraca
E acampa
Bem debaixo
De nossos narizes....
Caranguejúnior
sexta-feira, 3 de junho de 2011
O JANTAR
A noite
Lua nova
No firmamento
Sentamos à mesa
À luz de velas
Vinho branco e uvas
Brindamos
Conversamos sobre tudo
E riamos
Servimo-nos do banquete
Degustamos
No sofá, sorrisos...
Entre fumaça de cigarros
Tragos de Whisky
Leves toques
Antes da sobremesa
Tudo já indicava
Um desfecho
Sensações
Os olhares
Já desenhavam
O próximo passo
Caranguejúnior
Lua nova
No firmamento
Sentamos à mesa
À luz de velas
Vinho branco e uvas
Brindamos
Conversamos sobre tudo
E riamos
Servimo-nos do banquete
Degustamos
No sofá, sorrisos...
Entre fumaça de cigarros
Tragos de Whisky
Leves toques
Antes da sobremesa
Tudo já indicava
Um desfecho
Sensações
Os olhares
Já desenhavam
O próximo passo
Prato principal:
Nós...
Comemo-nos
Nus...
Caranguejúnior
quinta-feira, 2 de junho de 2011
SILHUETÔMETRO
A luz azul da alta luz azul do veículo com farol xenon, ofuscou meus globos oculares e ocultou aquela silhueta morena que parecia esculpida pelo vento derivado do sopro de um anjo formado em arquitetura divina, que nem o Teorágoras de Pitorema ousaria explicar, e sumiu do meu raio de visão, deixando apenas o lusco fusco...
Os segundos do meu tempo perderam-se em segundos seguindo a poeira da estrada. Olhava pelo visor-retro e não mais à via. A via esburacada em penumbra na dianteira tornou-se estreita, instantâneamente a minha instantânea mente transformou-se em um tufão que rodopiava em passos tortuosos de ideias Luxuriantes...
Foi aí que colidi na porra do poste...
Caranguejúnior
Os segundos do meu tempo perderam-se em segundos seguindo a poeira da estrada. Olhava pelo visor-retro e não mais à via. A via esburacada em penumbra na dianteira tornou-se estreita, instantâneamente a minha instantânea mente transformou-se em um tufão que rodopiava em passos tortuosos de ideias Luxuriantes...
Foi aí que colidi na porra do poste...
Caranguejúnior
quarta-feira, 1 de junho de 2011
CONTO PEDREIRO DE LEGO ( LITERARIAMENTE TRAIDA)
Amiga - Ví seu marido entrando na balada com duas minas...
Traida - Há é??! Já vou amolar o Machado de Assis, pois, é hoje!! que eu Castro o Alves!!!!
Caranguejúnior
Traida - Há é??! Já vou amolar o Machado de Assis, pois, é hoje!! que eu Castro o Alves!!!!
Caranguejúnior
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