sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

THE END (poema para o fim do mundo)



E Hoje pode ser
O último dia do mundo
Último Suspiro moribundo
Do planeta a desfalecer

Pode ser o último dia de sol
Com raios ultraviolentos
Pode ser um dia calorento
Ou dia de chuva em bemol

Pode ser meus últimos passos
Meu último riso ou choro
De alegria ou de apavoro
Das minhas conquistas e fracassos

Pode ser que eu dê um grito
Ou tome umas geladas
Fale palavras abreviadas
E cometa alguns delitos

Pode ser que eu fique em casa
E assista tudo pela têvê
Pode ser que passe no SBT
Os E.Ts invadindo a NASA

Pode ser que eu acabe de gastar
Meu décimo terceiro salário
Pra pagar o boleto bancário
E que o banco pare de ligar

E pague as contas de casa
Devo sim, mas eu não nego
Acaba o mundo e meu ego
Mas eu não vou pro Serasa

Podem ser as ultimas brisas
A alisarem minha cara lavada
Pois a terra já está condenada
E a velha morte já nos analisa

Pode ser o primeiro dia de verão
E que tudo mais vá pro inverno
Pode ser de gravata e terno
Que eu adentre no caixão

Pode ser que a atmos seja fera
E que ninguém mais sorria
Pois chegou o último dia
Pra o começo de uma nova era

Pode ser que tanto faz ou tanto fez
Que a luz se apague e tudo escureça
Poder ser que um novo dia floresça
E que o sol brilhe mais uma vez
 
 
Caranguejunior