quinta-feira, 9 de maio de 2013

SONHO DE ÁGUA


Quando a chuva cai no sertão
E bota um fim na secura
O bezerro berra de emoção
O sertanejo no seu canto, murmura
Em voz baixa faz uma oração
E agradece as nuvens de candura
O sabiá que entona uma canção
A revoada alegre das tanajuras

Quando a chuva cai no chão
E evapora toda a tristeza
Volta a ter cor o sertão
O açude volta a ter correnteza
O sertanejo junta as mãos
E agradece a fartura na mesa
A chuva que cai no sertão

Que faz sangrar a represa






Caranguejúnior