quinta-feira, 23 de outubro de 2014

POEXISTÊNCIA MULTIFACETÔNICA BIPOLARÍSTICA


Poesia é coisa de doido,
Poesia é doida de coisos...
Poesia é ser sem ser... ou não,
Eis a questão

Aos olhos do mundo
Catarata é poesia em 3D
Poesia é cega.
Em tiroteio
É aperreio, é conflito
Com Amar nas mãos
Pai-chão ardente
O Trident do capiroto
Mastigado e sem gosto
Poesia rôla pomba
É bomba que detona
É bala, é guerra, é garra!

[ E nem vem me dizer que é da paz...
Da Paz é uma senhora que morreu trabalhando]

Mas não importa, poesia abre portas
Derruba muros
Transpassa pontes
Fura bloqueios...

Poesia é iluminada
É nada, ilumina e dissemina
Poesia é pra mente sã
É imã, irmã
Só isso
E os doidos nem sabem que são
Nem sabem de nada (ainda bem)
Poesia é do bem e do mal
É imortal enquanto dura
Tanto bate até que enfim...

Poesia é pra levar na marmita
Quentinha
E se demorar muito pra comer
Azeda
Arreda o pé e te deixa sem chão
No chacoalhar do buzão
É fome
Poesia perdição
Barriga roncando
Poesia é larica da alma
Poesia alimenta
Ali, mente vazias
Morada do diacho!
 
[ e nem vem me dizer que compartilha o pão
Pois na minha timeline não apareceu]

Poesia é larápia
Ludibriadora de ingênuos...
Poesia é picareta
É reta pica
Penetradora de mundos
De fundos
De ori(o)fícios
Alargadora de anos
Após anus
E séculos adentro

Poesia é criada com vó
Cheia de pantim
É filha única
É pai solteiro
Madrasta brava
É mãe de todos os santos
Nossa senhora
É biológica mãe
Adotiva
Para sempre seja louvada
Amém!




Caranguejúnior