quarta-feira, 26 de junho de 2013

POEMA AOS PRANTOS E BARRANCOS



A cidade já chora de mais
Ácida-de já chora de mais
Nem menos
Lacrimogênio
Lacrimo gênio 

No crânio
Alucinógeno buruçu
Um infortúnio
Um pandemônio 

Protestar é imoral
E a bomba é de efeito moral
Total
É pedra é pau

Man-infestação popular
Prá pular
E gritar
Palavras de ordem pró-progresso

Spray de pimenta
Para temperar seus olhos de vatapá
Pois tá...

Spray de pimenta
Pro seu olhar de acarajé
Pois é...

Do carurú ao Cariri
Do Oiapoque ao Itamaraty
Queimando, ardendo...

Amargas balas de borracha chá
Não é doce, nem é salgada dá
Não é Dadinho, nem Caramelo
Não é verde, nem amarelo
Não é Xaxa
Nem 7 Belo...

Não é Big Big, tampouco, Ploc!
É choque, é choque, é choque!

Protestar é imoral
E a bomba é de efeito total
Moral...
Plural!
Pros coletivos singulares 
Protest-antes e depois 

Milhões de lágrimas   
Lágri-mais e mais 
Gás...
Nem menos
Lacrimogênio
Lacrimo gênio

Raciocínio
Pro Neurônio
Sob domínio
Do escárnio político
Paleolítico

Protestar é imoral
A bomba é de efeito mortal
Letal!
Etecetera e tal...

E a cidade já chora de mais
Ácida-de já chora de mais
Nem menos
Lacrimogênio
Lacrimo Junho





Caranguejúnior


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