terça-feira, 26 de julho de 2011

ENCARCERADO

Em mim
Há um poema preso

Preso entre costelas de aço
Muros altos
Arames farpados
E câmeras bigbrother-ônicas espalhadas

Há um poema preso
Em mim

Condenado ele foi
Pois agrediu pensamentos
Roubou atenção
Assassinou métricas

Há um poema preso
Dentro de mim

Está sentenciado
Pois descumpriu regras
Infringiu leis
Burlou normas super corretassss

Cumprirá sua pena
Encarcerado num coração pequeno
Superlotado de rascunhos
E versos perigosíssimos

Sem direito
A banho de sol
E visita íntima

Este poema é fugitivo
É reincidente
Sua ficha é extensa

Este poema senhores
É marginal...




Caranguejúnior



2 comentários:

André Diaz disse...

Socorro!! Policia!!! Pega esse poema!!!

Muito bom, meu amigo!

Abraço!

Paulo D'Auria disse...

Poeta é tudo marginal!