segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CRACOLÂNDIA

Na Cracolândia
As “pedras” do caminho
São mais duras
São quentes, deslizam, cortam e machucam
 
Homens mortos vivos homens
Mulheres zumbis zombadas pela vida
Crianças famintas não ganham presentes
Tão pouco... futuro? É tão pouco

Pessoas Para-lamas? Um trago...

“O governo apresenta suas armas”

Pessoas transparentes
Indigentes, impotentes
E um governo inconsequente
Que não está pra ajudar

A estação da Luz
É uma escuridão só
A Julio Prestes
Não presta
Aos olhos do bom homem 
Que Governa a dor
Aos olhos do bom homem
Pré feito  pré pago


Bombas de efeito (i)moral
Para os homos injustiçadiens

Balas de borracha para as crianças
Que vendem balas no sinal fechado do mundo

Cacetetes para as negras mulheres brancas amareladas
De sol, chuva e desumanidade

E mais uma vez 
“A polícia apresenta suas armas”

Humanos esquecidos pelas leis
Dos humanos
Esquecidos pelos humanos sem leis
E pela desumana humanidade

Nem craques, nem deputados

É o povo deportado, degredado...
Num País que se perdeu
Em meio a tantas “pedras” no caminho.

Lá, o lugar que é o antônimo das maravilhas do País
Chamado Cracolândia.




Caranguejúnior

2 comentários:

Projeto Poesiaceita disse...

Acabo de entrar no teu blog, e já vejo esta postagem? uau! MUITO BOM! Nada que não esperasse de vc, meu camarada!

Excelentes palavras, jogo de idéias, citações, conclusão. MUITO BOM!!!

to te seguindo! continue assim! hehehe! abraaaço

lidiane lobo disse...

Entrei e gostei do que li. Seguindo... Abraço!