domingo, 2 de dezembro de 2007

''RESTOS DE NADA''


e passando pela rua,
vi um cão amedrontado,
que dorme sobre o olhar da lua,
e sofre com o vento gelado,
e o cão me olhou,
como se quisesse me falar,
me pedir por favor,
para lhe alimentar,
pobre cão...
de fisionomia triste e cansada,
vive nas ruas da solidão,
por aí, vagando na madrugada,
revirando lixos,
comendo restos de nada,
mas um cão sem dono,
e sem nome,
morrendo de frio,
e de fome,
mas um...
que não teve oportunidade,
morando em lugar nenhum,
em qualquer lugar da cidade,
e ninguém vê,
o pobre ali no chão,
um ser,
sofrendo de solidão,
olho para cima e começo a pensar,
que uns nascem com sorte,
e milhares nascem com azar,
jogados nas ruas,
sem nenhum carinho,
vivendo à vida crua,
vagando sozinho...

JR MAGAL

Um comentário:

Jaque Bueno Barbate Tristão disse...

Fiquei a refletir agora..
Muitas vezes somos como um cão sem lar... sem dono... vagando pela rua... sem destino procurando algo que nem sabemos..
Eita.. uma simples poesia tem vários significados!!

Beijo*!