segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ATAQUE


Aponta o arco
Atira a flecha
E acerta
Seguindo a seta

Enquanto corro

Lança na sorte
A lança de perfume
Que perfura
E cura

Enquanto fujo

Joga o dardo certeiro
Dispara o morteiro
Vivo-letal
E melífero

Enquanto surto


Arma a arma
Amar... dilha
Em qualquer ilha
Há milhas

Enquanto sumo


Dispara seus olhares
Perfurocortantes
Beijos sufocantes
Afagos paralisantes

Enquanto amo-te


Sem colete a prova de amor...


 
 
 
 
 
 
 
Caranguejúnior

Um comentário:

Richard Mathenhauer disse...

Gostei!
"Amar... dilha"

E é assim, não há coletes à prova de balas. Quem foi baleado (nos tempos da pólvora) ou flechado (por um Eros mais anacrônico), não resite: padece.

Com admiração,